Obra conjunta
Não direi palavras doces
Sou diabético diante de tanto açúcar
Não farei poesias borboletas
A embelezar e flutuar com liberdade
Cantarei a verde bile nojenta que o
Bêbado cirrósico vomita no seu estado terminal
Ou então a dor do estupro da puta
Que sangra no ponto de ônibus
Contudo nada é mais grotesco quanto o
Homem-cão fuçando o lixo em busca de um
Podre pão.
Ednilson Clayton Rogerio