quinta-feira, 5 de abril de 2012

VERBORRÉRIA




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coito interrompido


os portões do inferno abriram-se novamente
as trombetas de Jericó romperam meus tímpanos
num estridente som
maldição, mas um fôlego de vida , mais uma palpitação coronária
não queria ver a cara de satã neste instante
droga, morrer trepando com o gozo a ponto de ser expelido
é a maior penitência que um homem pode pagar
maldita válvula coronária!
Quem sabe agora poderei compartilhar algumas agulhas com Kurt ou Jim?
Terei a eternidade na maldição e formicação.
Até que não me dei mal!

SELOS ORGÂNICOS


A chuva cai.
Densa , forte, roxa.
Eu deitado sobre suas cochas.
Trovões, um lampejo.
Seu suspiro, atamo-nos em paixão
As carnes suam sobre o lençol.
Corpos molhados,
homenageiam a suave chuva que agora cai.
Sal e fluidos corpóreos,
jurados e trocados.

EDNILSON CLAYTON ROGERIO

Tradescantia pallida purpurea


Sentado no banco da praça
Ao relento de uma sombra
Num calor insuportável no fim de um verão qualquer
Minha insignificância me abate diante a multidão
Acendo um cigarro
A cada trago sinto a má influência do meu ser para o mundo
Ser apenas mais um
Um
Na multidão
Uma vida transparente na qual não sou visto
Como uma trapoeraba roxa no canteiro
A sombra da árvore habitada por dezenas de organismos
E apreciada por pouquíssimas pessoas
Uma trapoerada roxa
Sinto-se como ela
Levantei do banco
Estufei o peito e segui meu caminho.

EDNILSON CLAYTON ROGERIO