Sentado no banco da praça
Ao relento de uma sombra
Num calor insuportável no fim de um verão qualquer
Minha insignificância me abate diante a multidão
Acendo um cigarro
A cada trago sinto a má influência do meu ser para o mundo
Ser apenas mais um
Um
Na multidão
Uma vida transparente na qual não sou visto
Como uma trapoeraba roxa no canteiro
A sombra da árvore habitada por dezenas de organismos
E apreciada por pouquíssimas pessoas
Uma trapoerada roxa
Sinto-se como ela
Levantei do banco
Estufei o peito e segui meu caminho.
EDNILSON CLAYTON ROGERIO
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