quarta-feira, 30 de março de 2011

VILÕES OU MOCINHOS




A serviço da Seleção Natural
A muito o homem se aterroriza com a possibilidade de ser vitimado por um vírus. Vírus existem desde que o primeiro ser vivo surgiu na terra. São eles uns dos responsáveis pelo processo de seleção natural das espécies. Sim, os vírus como inúmeros outros fatores “apenas” eliminam aqueles que geneticamente estão menos aptos a sobrevivência na terra.
Mas o que vem a ser um vírus? Os vírus podem ser classificados como seres vivos por possuírem material genético, mas há quem conteste que realmente o sejam, pois não têm metabolismo próprio, dependem especificamente de hospedeiro para que realizem o transcrição e replicação do material genético RNA ou DNA.Possuindo uma alta mutagenicidade para adaptação aos meios hostis, no caso, o hospedeiro a ser infectado. A cada ataque que o vírus sofre, sua nova prole torna-se mais adaptada (variação genética).
Desta forma eles interferem no mecanismo de seleção natural das espécies fazendo os mais fracos sucumbirem diante ao incrível nível de infecção, restando somente os indivíduos mais resistentes, tornando uma guerra sem fim onde o parasita torna-se mais forte e o hospedeiro por sua vez também terá .
Portanto, os vírus são um mecanismo natural de seleção das espécies, queiramos ou não.
Com já dizia Charles Darwin :
“Devido a esta luta, as variações, por mais fracas que sejam e seja qual for a causa de onde provenham, tendem a preservar os indivíduos de uma espécie e transmitem-se ordinariamente à descendência logo que sejam úteis a esses indivíduos nas suas relações infinitamente complexas com os outros seres organizados e com as condições físicas da vida. Os descendentes terão, por si mesmo, em virtude deste fato, maior probabilidade em persistir; porque, dos indivíduos de uma espécie nascidos periodicamente, um pequeno número pode sobreviver. Dei a este princípio, em virtude do qual uma variação,por insignificante que seja, se conserva e se perpetua, se for útil, o nome de seleção natural, para indicar as relações desta seleção com a que o homem pode operar. Mas a expressão que M. Herbert Spencer emprega: «a persistência do mais apto», é mais exata e algumas vezes mais cômoda” (A Origem das Espécies, p. 76, edição brasileira).
O vírus sempre vai evoluir de forma a se tornar mais adaptável ao meio, mudando para o bem ou para o mal. A ciência com seus medicamentos e as vacinas principalmente consegue interferir nesse mecanismo, porém essa capacidade de interferência é limitada pelo tempo.
Industrias farmacêutica produzem cada vez mais antivirais nos quais os efeitos não são de tanta eficácia e sim para a seleção de cepas mais agressivas.
Mas a questão vai além o lucro dos laboratórios com pandemias em série já que o mundo moderno o fluxo de pessoas e materiais biológicos atravessam o globo terrestre em poucas horas transformando uma epidemia viral local em pandemia. Esta é a ascensão dos vírus e o lucro de grandes empresas.
Podendo também citar a destruição dos micro e macro biomas nos quais o desmatamento, por exemplo. O homem desnuda uma área de floresta, destrói o habitat de milhares de animais, mas também “liberta”: o homem traz para o seio de sua civilização vírus e bactérias mortais desconhecidos prestes a sua propagação.
Pesquisas recentes demonstram que alguns vírus são causadores de câncer, especialmente de fígado e garganta, por estados de infecção crônicas o câncer surge teoricamente fora das ruínas de células mortas e desencadeiam uma reação de multiplicação desenfreada.
“Nós acreditamos que um mecanismo separado pode estar em jogo na agressão celular, como infecção por um vírus, seleciona alguns clones celulares mutantes preexistentes, promovendo o seu crescimento e multiplicação, conduzindo eventualmente ao aparecimento de células completamente cancerosas. Por conseguinte, semelhante ao papel feito pela seleção natural durante evolução, causando os falecimento excessivos de células, em vez de sua ausência, podendo ser a força definitiva para o aparecimento inicial do câncer”, disse Dr. Chaudhary. Ele nomeou este modelo o Paradigma de Phoenix.
O objetivo tornar o homem hegemônico nas relações naturais. Todavia, obstáculos cada vez mais desafiadores colocam seu domínio aparente em xeque.
Os vírus por sua vez vêm  evoluindo-se de forma que possa conviver com o homem um longo tempo fazendo dele um  agente transmissor a longo prazo, onde podemos citar o HIV, ou então de forma mais agressiva como o Marburg que em pouquíssimo tempo desfaz os órgão internos do indivíduo fazendo sangrar por todos os orifícios a ponto de colocar suas víceras para fora do ânus em busca de um novo hospedeiro com alto nível de infecção.
Mas não podemos citar o vírus como algo sem classificação diante de tanta reflexão que ele nos propõe. Se for ou não forma de vida, podemos deixar estas questões a filósofos e nos aprofundar em questões da sua simplicidade tamanha ser a causa de não acharmos a cura de sua infecção.
A guerra, contudo, seja ela contra vírus, bactérias ou outros, é uma só. É a guerra pela vida. A luta do homem contra os agentes da natureza é apenas mais uma batalha, a qual, diga-se de passagem, estamos longe de vencer. Deveremos aprender a viver com tais agentes naturais e a forma mais eficaz para passar por eles é simples e envolve uma palavrinha mágica que infelizmente em nosso pais é muito pouco valorizada: EDUCACÃO. Princípios básicos de higiene, alimentação sadia e variada em nutrientes, atividade física evitando ambientes e práticas perigosas à saúde como fumo, álcool e sexo inseguro além da não ingestão desnecessária de medicamentos são a formula para se tornar menos suscetível. Mas, de qualquer forma, o componente genético sempre terá um peso muito grande na nossa capacidade de sobrevivência.


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